De acordo com a PGR, o patrimônio confiscado fora do país é estimado em R$ 150 milhões e inclui um avião, carros de luxo, fazendas e cabeças de gado.
Messer, que fez um acordo de colaboração premiada, está envolvido em sete ações penais na Justiça Federal do Rio de Janeiro decorrentes das investigações relacionadas ao ex-governador Sergio Cabral.
O Ministério Público Federal (MPF) descobriu que Messer possuía um patrimônio não declarado no processo de delação e, por isso, foi necessário um acordo de cooperação entre o MP brasileiro, a Advocacia-Geral da União (AGU) e o Ministério Público do Paraguai para bloquear os bens do doleiro.
Com o confisco dos bens, as autoridades brasileiras terão a possibilidade de iniciar o procedimento para devolver os valores ao Brasil. No entanto, devido à possibilidade de recurso contra o confisco, não há um prazo definido para o retorno do montante.
Em 2020, Dario Messer se comprometeu a devolver cerca de R$ 1 bilhão aos cofres públicos. O doleiro foi investigado em operações como a Câmbio, Desligo, sobre esquema de lavagem de dinheiro a partir do Uruguai; Marakata, sobre transações de dólar-cabo para lavar dinheiro em contrabando de esmeraldas; e Patrón, referente ao braço no Paraguai da organização de lavagem de dinheiro.
Essa decisão da Justiça paraguaia representa um avanço nas investigações sobre lavagem de dinheiro no Brasil e reforça a importância da cooperação internacional para combater crimes financeiros. O caso de Dario Messer continua a repercutir e novos desdobramentos podem ser esperados nos próximos meses.