No entanto, a notoriedade de Lee Sun-kyun ultrapassou as telas do cinema quando seu nome apareceu recentemente associado a um processo relacionado ao suposto uso de drogas. A morte do renomado ator jogou luz sobre as rígidas leis locais da Coreia do Sul em relação a entorpecentes, chamando a atenção para uma questão delicada e controversa.
O país tem uma política proibitiva em relação a drogas entorpecentes ilegais, como maconha, metanfetamina e cocaína, estabelecida inicialmente na década de 1970, durante o governo do ditador Park Chung-hee. Em 2000, uma nova lei expandiu as punições e determinou quais substâncias seriam intoleráveis.
O uso de maconha, por exemplo, é passível de uma pena de até cinco anos de prisão ou uma multa de cerca de R$ 186 mil, dependendo da quantidade e da frequência de uso da substância. Além disso, a legislação sul-coreana se aplica a cidadãos mesmo fora das fronteiras do país, tornando-se um risco para sul-coreanos em países onde o consumo de drogas é legalizado.
As duras leis e a política de tolerância zero têm levado a um aumento no número de casos relacionados a drogas, principalmente entre os jovens. O governo sul-coreano tem adotado uma postura de combate severo ao tráfico e uso de entorpecentes, o que resultou em uma série de prisões e processos envolvendo figuras proeminentes, como celebridades e estudantes no exterior.
O caso de Lee Sun-kyun é apenas um exemplo dos desafios enfrentados em relação ao uso de drogas no país. Sua morte trágica põe em destaque a tensão entre a legislação rigorosa e a realidade social em torno do consumo de entorpecentes, ressaltando a necessidade de uma abordagem mais equilibrada e eficaz para lidar com essa questão complexa.
Portanto, a morte do ator Lee Sun-kyun não apenas revela as consequências extremas das leis sul-coreanas sobre drogas, mas também levanta questões importantes sobre a eficácia e a humanidade dessas políticas. Sua partida prematura deixa um legado e um chamado à reflexão sobre como lidar com essa questão sensível de forma mais compassiva e efetiva em toda a sociedade.