No entanto, essa projeção possui uma margem de erro relativamente grande, o que aumenta o risco de que o planeta alcance um pico de 1,58°C acima da era pré-industrial. Além disso, a previsão aponta para a possibilidade de um novo recorde de temperatura global, superando o limite estabelecido pelo Acordo de Paris para o clima, que é de 1,5°C. O cientista Nick Dunstone, líder do trabalho do Met Office, reforça que a tendência de aquecimento global de 0,2°C por década está em linha com esses prognósticos.
Esse aumento nas temperaturas não traz apenas preocupações em nível global, mas também implica riscos regionais específicos. Por exemplo, a América do Sul pode estar particularmente vulnerável, principalmente em razão do fenômeno El Niño. Voltando ao âmbito global, a questão climática traz também implicações legais, uma vez que ainda não há um critério objetivo dentro do Acordo de Paris para determinar por quanto tempo a média de temperatura precisa exceder o limite de 1,5°C para que os países reconheçam que a meta do acordo falhou.
Nesse contexto, especialistas apontam a necessidade de acelerar as ações de contenção das mudanças climáticas. É consenso entre os cientistas que a situação é grave e exige uma resposta imediata. Afinal, os impactos das temperaturas elevadas estão cada vez mais evidentes e ameaçam tornar a vida no planeta mais difícil. As previsões para 2024 indicam a continuidade do aquecimento global e a necessidade de adaptação a novas realidades climáticas.