Milei, um ultraliberal que assumiu a presidência em 10 de dezembro, prometeu realizar uma reforma radical na economia argentina, revogando ou reformando mais de 300 leis por meio de um decreto que entrará em vigor nesta sexta-feira. Além disso, apresentou ao Congresso um pacote de modificações de leis que permitirá a privatização de mais de 40 empresas públicas e limitará o direito de reunião e manifestação, entre outros aspectos.
A medida gerou repúdio por parte da CGT, que pediu à justiça a declaração de inconstitucionalidade do decreto de Milei, mobilizando milhares de pessoas na sede dos tribunais de Buenos Aires. O secretário-geral da CGT, Hector Daer, criticou a postura do governo e declarou que em menos de uma semana, a Argentina se transformou e levou à Argentina pastoril, em alusão às propostas de Milei, que se considera um libertário capitalista.
A greve geral convocada pela CGT no dia 24 de janeiro é uma forma de protesto contra as medidas propostas pelo governo de Javier Milei, que têm gerado tensão e insatisfação entre os trabalhadores argentinos. A expectativa é que a mobilização ganhe força nos próximos dias e que o governo se veja pressionado a rever suas decisões em relação à reforma econômica. A situação política e social da Argentina permanece tensa diante das inúmeras mudanças propostas pelo novo presidente.