De acordo com fontes próximas ao Hamas, o plano em questão foi apresentado na semana passada aos líderes do Hamas e da Jihad Islâmica. Ambos os grupos têm participado ativamente dos conflitos contra o Exército israelense na Faixa de Gaza e se reuniram no Cairo com os líderes desses movimentos para discutir a proposta.
A última versão do plano egípcio de três fases prevê tréguas renováveis, a libertação gradual de bolsas de reféns mantidos pelo Hamas em troca de palestinos presos em Israel, além de um cessar-fogo que coloque fim às hostilidades. Outro ponto importante do plano é a criação de um governo palestino composto por tecnocratas após um diálogo envolvendo “todas as facções palestinas”.
“Uma delegação de alto nível do escritório político do Hamas [com sede no Catar] viajará amanhã, sexta-feira, ao Cairo para uma reunião com responsáveis antigos e para transmitir-lhes a resposta das facções palestinas, que inclui várias observações, a seu plano”, declarou um representante do Hamas, que falou sob condição de anonimato.
Diaa Rashwan, chefe do Serviço de Comunicação do Estado, confirmou que o Egito apresentou um projeto destinado a reunir os pontos de vista de todas as partes envolvidas, com o objetivo de encerrar os conflitos em Gaza. Este projeto consiste em três fases sucessivas que levam ao cessar-fogo. Rashwan também acrescentou que o plano será detalhado após os feedbacks dos diferentes atores.
Essa iniciativa do Egito surge em meio aos conflitos entre o Hamas e o Exército israelense, que tiveram início em 7 de outubro em resposta a um ataque do Hamas em solo israelense. A proposta do Egito pretende restaurar a paz e a segurança na região, encerrando a violência na Faixa de Gaza.
É importante mencionar que, em um cenário mais amplo, o Egito tem buscado desempenhar um papel significativo na promoção da paz e da estabilidade na região. Espera-se que a visita da delegação do Hamas ao Cairo resulte em progressos significativos para resolver a crise em Gaza e avançar em direção a um cessar-fogo duradouro.