Segundo o porta-voz do ministério das Relações Exteriores israelense, Lior Haiat, a autorização inicial foi concedida, porém ainda restam alguns problemas logísticos para resolver. A expectativa é que essa rota aumente de maneira significativa a entrada de ajuda humanitária em Gaza, beneficiando diretamente os 2,4 milhões de habitantes da região.
O ministro também ressaltou que a ajuda seria direcionada à Faixa de Gaza após uma verificação “sob supervisão israelense” dos carregamentos no Chipre, que está a cerca de 400 km do litoral de Gaza.
A proposta de abertura desse corredor marítimo foi feita há várias semanas pelo Chipre, após o início do conflito entre Israel e o movimento islâmico Hamas. O conflito teve início depois que o Hamas realizou um ataque surpreendente no sul de Israel.
A resposta de Israel foi prometer “aniquilar” o Hamas, o que resultou em uma ofensiva terrestre e aérea no território palestino governado pelo grupo islâmico desde 2007.
A situação humanitária na Faixa de Gaza é classificada como desastrosa, com 1,9 milhão de pessoas – 85% da população – deslocadas, segundo a ONU. A maioria das importações é solicitada a um cerco completo imposto por Israel desde 9 de outubro, o que torna a escassez de produtos de primeira necessidade uma realidade no território.
Apesar de o Chipre afirmar que já cumpriu com todos os procedimentos para criar o corredor marítimo, ainda existem dúvidas sobre a segurança dos navios ao chegar ao litoral de Gaza e sobre as modalidades de descarregamento.
Essa aprovação preliminar é um passo importante para a entrega de ajuda humanitária a Gaza, e espera-se que a parceria entre Israel e Chipre viabilize o acesso de bens essenciais à população palestina. A iniciativa representa um esforço conjunto para amenizar a grave crise humanitária na região.