Israelense é condenado a 30 dias de prisão militar por se recusar a se alistar nas Forças Armadas de Israel.

O jovem israelense Tal Mitnick, de 18 anos, foi sentenciado a 30 dias de prisão militar por se recusar a se alistar nas Forças Armadas de Israel. A decisão foi divulgada nesta quinta-feira (28) pelo Jerusalem Post.

Mitnick foi acompanhado por outros jovens ativistas da Rede Mesarvot, um grupo de objetores de consciência do país, quando compareceu ao centro de alistamento. Foi surpreendido com uma sentença excepcionalmente longa para quem se recusa a prestar o serviço militar pela primeira vez: 30 dias de prisão militar após julgamento.

O jovem justificou sua recusa citando a guerra contra o grupo armado palestino Hamas e a ocupação em Gaza. Alegou que se recusa a acreditar que mais violência trará segurança e que se nega a participar de uma guerra de vingança.

A declaração divulgada por representantes de Mitnick destacou que a violência e a guerra são uma forma de aumentar o apoio ao governo e silenciar as críticas. Além disso, questionou a falta de negociação com o Hamas e insistiu na necessidade de diplomacia e esforço político.

Esta é a primeira vez que uma pessoa é presa por “objeção de consciência” em Israel desde o início do conflito com o Hamas, em 7 de outubro. Outro ponto relevante é que mais de 200 estudantes do ensino médio em idade de alistamento obrigatório anunciaram em agosto que recusariam a convocação não apenas por causa da reforma judicial proposta pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, mas também devido à “ocupação” dos territórios palestinos.

Portanto, a prisão do jovem Mitnick está inserida em um contexto mais amplo, com diversos estudantes se recusando a se alistar por questões que vão além da reforma judicial. As motivações desses jovens estão relacionadas à ocupação dos territórios palestinos e à busca por alternativas à violência.

Com a prisão de Mitnick, o debate sobre a conscientização dos jovens em relação à guerra e violência, bem como as possíveis soluções diplomáticas, ganha destaque no cenário político israelense.

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