O primeiro desses episódios foi a transição do ano 1999 para 2000. Naquela noite, Boris Yeltsin passou o protagonismo para Putin, que se tornou presidente interino e foi eleito oficialmente em março. Logo no início de sua gestão, em agosto de 2000, Putin enfrentou uma crise, o naufrágio do submarino nuclear Kursk, que marcou seu governo com uma decisão desastrosa de resgate.
Em 2001, Putin ofereceu apoio aos Estados Unidos após os ataques selvagens de 11 de Setembro, porém, não recebeu o reconhecimento que esperava das autoridades americanas.
Putin também enfrentou desafios internos, como o massacre brutal em uma escola em Beslan, onde crianças foram mantidas reféns por terroristas chechenos. Como se não bastasse, o presidente precisou lidar com tensões internacionais, especialmente com a Ucrânia, seu vizinho incômodo, conforme o país se aproximava da União Europeia.
Durante sua carreira política, Putin promoveu seu discurso sobre a nova ordem global, enfatizando o fim do mundo unipolar dominado pelos EUA em um discurso em Munique.
Contudo, a volta dos que não foram marcou um ponto de mudança na gestão de Putin, quando Dmitry Medvedev foi indicado como candidato à Presidência e Putin assumiu o cargo de primeiro-ministro.
Putin se viu envolvido em crises internacionais, como a anexação da Crimeia e a guerra na Ucrânia, que enfraqueceu sua imagem perante o mundo e pressionou a economia russa.
As tensões com o Ocidente, especialmente os EUA, marcaram grande parte do governo de Putin. Em meio a tensões diplomáticas e a invasão da Ucrânia, o mundo assistiu às tentativas de Putin de manter sua influência em um “novo eixo” de poder, buscando apoio na China, Irã e Coreia do Norte.
O governo de Putin também foi marcado por controvérsias, como o doping estatal no esporte russo e acusações de interferência nas eleições americanas.
Neste momento, Putin se prepara para enfrentar a reeleição em março de 2024 e permanecer no poder até 2036, mostrando uma possível longevidade no governo. Resta saber como a sociedade russa e a economia do país responderão aos próximos capítulos do governo de Vladimir Putin.
