O número representa um declínio em relação aos trimestres anteriores, já que no trimestre encerrado em agosto a taxa era de 7,8%, e no mesmo período de 2022 estava em 8,1%. Essa melhora no mercado de trabalho foi impulsionada pelo aumento do número de pessoas ocupadas, que alcançou a marca de 100,5 milhões, o maior valor desde que a série histórica foi iniciada em 2012.
Além disso, o número de desempregados permaneceu estável, totalizando 8,2 milhões de pessoas, o menor contingente desde abril de 2015. No entanto, a proporção de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar registrou um aumento de 0,4 ponto percentual em relação ao trimestre móvel anterior, atingindo 57%.
Dentro desse conjunto de trabalhadores, a maioria, cerca de 515 mil, foi contratada com carteira assinada. De acordo com a coordenadora de Pnad do IBGE, Adriana Beringuy, o setor da construção teve uma expansão da atividade principalmente por meio da informalidade, enquanto a indústria impulsionou os trabalhos formais.
No que diz respeito ao rendimento, o salário médio real do trabalhador aumentou para R$ 3.034, um crescimento de 2,3% no trimestre. Em relação ao ano anterior, a alta foi de 3,8%. A pesquisa do IBGE, que é realizada com uma amostragem de 211 mil domicílios em todo o país, também apontou que nenhuma forma de inserção teve queda no rendimento, seja no trabalho formal, seja no informal.
Outra estatística relevante sobre o mercado de trabalho é o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que coleta dados apenas de admissões e demissões de trabalhadores com carteira de trabalho. A última divulgação do Caged apontou um saldo positivo de mais de 130 mil vagas em novembro e um acumulado de 1.914.467 postos de trabalho gerados no país de janeiro a novembro.