Na última sexta-feira (29), dezenas de estudantes sérvios se reuniram no centro de Belgrado para bloquear um importante cruzamento da cidade por 24 horas. Eles estavam protestando contra a suposta fraude eleitoral que teria ocorrido nas eleições locais de 17 de dezembro. O partido de direita nacionalista SNS, do presidente Aleksandar Vucic, reivindicou uma vitória nessas eleições, mas a oposição contestou esses resultados, acusando-os de serem fraudulentos.
A coalizão opositora “Sérvia contra a violência” denunciou que “mais de 40.000 pessoas” que votaram não são residentes de Belgrado. Os estudantes, que fazem parte do movimento “Borba” (Luta), exigem a anulação dos resultados e uma nova votação.
De acordo com os resultados oficiais, o partido SNS obteve 46,7% dos votos, enquanto a “Sérvia contra a violência” conquistou 23,5%. No entanto, desde a divulgação dos resultados, manifestantes têm bloqueado avenidas importantes de Belgrado e, no último domingo, tentaram invadir a Prefeitura, quebrando janelas. A polícia precisou intervir e dispersar os manifestantes com gás lacrimogêneo.
Essa onda de protestos vem crescendo na Sérvia, à medida que as acusações de fraude eleitoral ganham mais tração entre a população. O movimento estudantil em particular tem tido um papel ativo nas manifestações, mostrando que a juventude sérvia está engajada nas questões políticas e sociais do país.
É evidente que o clima político na Sérvia está cada vez mais tenso, com a oposição acusando o governo de práticas fraudulentas e os protestos ganhando força e se intensificando no país. A reivindicação por uma nova eleição reflete o desejo de parte significativa da população de que se faça justiça e que os processos eleitorais sejam transparentes e democráticos. O futuro político da Sérvia está prestes a enfrentar novos desafios, à medida que a pressão da sociedade aumenta sobre o governo.
