Governo brasileiro pede retomada do diálogo entre Venezuela e Guiana sobre a região petrolífera do Essequibo.

O governo brasileiro pediu em nota publicada nesta sexta-feira, a retomada do diálogo entre a Venezuela e a Guiana, em relação à região do Essequibo. Essa área é conhecida pela riqueza petrolífera e tem sido palco de disputas históricas entre os dois países.

A divulgação do comunicado surge após o anúncio do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, de enviar tropas para a fronteira com a Guiana, no ponto onde se localiza o Essequibo. A ação de mobilização das tropas ocorreu em resposta ao anúncio do Reino Unido sobre o envio de um navio militar à costa da Guiana, entendida pelo governo venezuelano como uma provocação.

O Brasil, por meio do Ministério das Relações Exteriores, apelou para que as partes demonstrem contenção, retornem ao diálogo e respeitem a Declaração de Argyle. Essa declaração, assinada por Venezuela e Guiana em dezembro, estabeleceu o compromisso de não recorrer ao uso da força ou tomar medidas unilaterais que possam levar a uma escalada do conflito.

O governo brasileiro ressalta a crença de que a demonstração militar de apoio a qualquer uma das partes deve ser evitada, de modo a permitir que o diálogo em curso produza resultados. A retomada do diálogo entre os países é fundamental para evitar um agravamento da situação na região do Essequibo.

A disputa pela área do Essequibo é um tema sensível e delicado, com implicações geopolíticas importantes. O Brasil, como país vizinho e ator regional, tem interesse na estabilidade e segurança da região. Portanto, o apelo do governo brasileiro para a retomada do diálogo e o respeito à Declaração de Argyle é uma demonstração do compromisso do Brasil com a paz e a cooperação na América Latina.

Portanto, é fundamental que as partes envolvidas busquem soluções pacíficas e dialogadas para resolver suas divergências em relação ao Essequibo. A região não pode ser palco de disputas que possam levar a conflitos armados. É preciso haver maturidade e responsabilidade por parte de Venezuela e Guiana para encontrar uma saída pacífica e negociada para essa questão territorial.

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