O diretor do OSDH, Rami Abdel Rahmane, mencionou à AFP que os bombardeios foram “provavelmente israelenses”, inicialmente suspeitando dos Estados Unidos. Estes ataques ocorrem em meio à guerra em Gaza entre Israel e o Hamas, com grupos armados apoiados pelo Irã sendo acusados pelos Estados Unidos de serem responsáveis por um aumento nos ataques contra suas forças no Oriente Médio.
Segundo fontes militares americanas que preferiram manter o anonimato, os Estados Unidos não realizaram nenhum ataque defensivo durante a noite no leste da Síria. Além disso, um carregamento de armas procedentes do Iraque e um depósito de munições também foram alvo dos ataques, produzindo grandes explosões, de acordo com informações do OSDH.
Também foi relatado que “bombardeios terrestres israelenses” resultaram na morte de dois combatentes de um grupo afiliado ao Hezbollah libanês, apoiado pelo Irã, na província de Quneitra, no sul da Síria. O Hezbollah anunciou neste sábado que quatro de seus combatentes foram assassinados “a caminho de Jerusalém”.
Estas ações têm ocorrido em um contexto de ações crescentes por parte de grupos pró-Irã contra o Exército americano na Síria e no Iraque desde o início da guerra em Gaza em 7 de outubro. Com cerca de 2.500 soldados americanos no Iraque e 900 na Síria, estas tensões são uma preocupação constante.
Em meados de novembro, oito combatentes pró-Irã morreram em ataques dos Estados Unidos a duas localidades da mesma província, segundo o OSDH. Na segunda-feira, o general de brigada Razi Mousavi morreu atingido por um disparo de míssil ao sul de Damasco, um incidente que levou o Irã a acusar Israel, que não negou as acusações.
