Repórter Recife – PE – Brasil

Bope é investigado por morte de suspeitos rendidos durante operação policial no Rio de Janeiro.

Na última quarta-feira (22), uma equipe do Batalhão de Operações Especiais (Bope) se envolveu em três autos de resistência durante uma operação da Polícia Militar no Complexo de Israel, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Os policiais, que tiveram suas armas apreendidas, estão sendo investigados pela Delegacia de Homicídios da Capital e pela Corregedoria da Polícia Militar.

As denúncias apontam que os suspeitos foram mortos depois de já terem se rendido. Imagens da ação estão sendo analisadas pelos investigadores, que tentam entender as circunstâncias das mortes dos bandidos.

Segundo informações divulgadas pelo RJTV 2ª edição, da TV Globo, pelo menos dois policiais militares já prestaram depoimento sobre o caso. Eles alegaram que houve uma intensa troca de tiros na rua São Bento, em Parada de Lucas, e que viram cinco bandidos correndo e entrando numa casa no final da rua. Os PMs afirmaram que houve confronto do lado de fora e dentro do imóvel, resultando na morte de três bandidos.

Entretanto, imagens de uma câmera de segurança mostram a entrada dos policiais numa casa no interior da favela às 7h32, e três minutos depois, um homem preto de cabelo curto é deixado no chão da sala, com as mãos amarradas. Testemunhas identificaram esse homem como Gladson William Gonçalves de Oliveira, e afirmaram que ele estava rendido no momento em que foi deixado na sala.

Outras imagens registradas por câmeras de segurança mostram outro suspeito rendido às 7h38, identificado como Anderson Cauã Gadelha Morais. Segundo informações do RJ2, ele também estava rendido com as mãos amarradas. A última imagem dos suspeitos rendidos com policiais na sala é às 7h55.

As investigações apontam que todas essas ações ocorreram após a morte do sargento Leonardo Maciel da Rocha, atingido por um tiro na cabeça dentro do blindado da PM. A casa onde os suspeitos teriam sido mortos ainda não foi periciada, e a polícia aguarda o laudo de necropsia para entender as circunstâncias das mortes.

Em nota, a Secretaria de Estado de Polícia Militar informou que o comando do Batalhão de Operações Policiais Especiais instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias dos fatos e ouvir os militares. O Inquérito Policial Militar (IPM) tramita paralelamente às investigações da Polícia Civil, sendo acompanhado pela Corregedoria da Polícia Militar. A situação continua sob investigação.

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