Combates intensificam-se na Faixa de Gaza em sua 13ª semana, enquanto moradores estão desesperados pelo fim da guerra.

Os combates voltaram a se intensificar neste sábado (30) na Faixa de Gaza. Os habitantes estão esgotados pelos deslocamentos e pela escassa ajuda humanitária, estão desesperados pelo fim da guerra entre Israel e o Hamas, que entra em sua 13ª semana.

No sul do território, fumaça era vista sobre a cidade de Khan Yunis neste sábado, enquanto em Rafah, na fronteira com o Egito, os habitantes continuavam se amontoando, tentando se salvar dos bombardeios incessantes de Israel. Um correspondente da AFP reportou disparos de artilharia contínuos durante a noite em Rafah e Khan Yunis. Enquanto isso, os mediadores internacionais continuam se esforçando para conseguir uma nova pausa nos combates.

Apesar do repúdio internacional crescente, o exército israelense mantém sua ofensiva e informou sobre “intensos combates” e ataques aéreos no pequeno território palestino. A ONU reafirmou na sexta-feira seu apelo por “um cessar-fogo humanitário imediato” e a Organização Mundial da Saúde alertou para a ameaça crescente de doenças infecciosas. Israel impôs um cerco total ao território, que provocou escassez de comida, água potável, medicamentos e combustível. As caravanas de ajuda só chegam para mitigar esporadicamente a situação.

“Nós estamos totalmente exaustos. Nos deslocamos constantemente de um lugar para outro com este frio”, exclamou Um Louay Abu Khater, de 49 anos, em um acampamento de Rafah. “Bombas caem em cima de nós dia e noite. Esperamos mísseis (a qualquer momento), enquanto outros se preparam para comemorar o Ano Novo”, lamentou a mulher.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, assegurou que a guerra vai durar muitos meses durante coletiva de imprensa no sábado à noite. 弟hegou ao Cairo uma delegação do Hamas para discutir um plano egípcio que contempla tréguas renováveis, a libertação escalonada de presos palestinos e, por último, o fim da guerra, segundo fontes próximas do movimento islamista. Israel afirmou que está “em contato” com os mediadores egípcios e que trabalha “para trazer todos de volta”.

A guerra em Gaza se seguiu aos sangrentos ataques do Hamas contra Israel naquela data, matando a maioria civis. O movimento islamista palestino também fez cerca de 250 reféns, mais da metade dos quais são mantidos em Gaza. Israel informou que 168 de seus soldados morreram no território. Más de mil pessoas protestaram na noite deste sábado em Tel Aviv em apoio aos reféns e pedindo que “voltem para casa”. O secretário-geral da ONU reafirmou na sexta-feira seu apelo por “um cessar-fogo humanitário imediato”.

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