Levantamento do Ministério da Justiça revela dados alarmantes sobre a situação da segurança pública e unidades policiais especializadas.

Levantamento do Ministério da Justiça e Segurança Pública revela dados preocupantes sobre a situação em que se encontram as instituições de segurança pública e as unidades policiais especializadas no atendimento à mulher no Brasil. Os números são preocupantes e revelam falhas estruturais e no funcionamento dessas entidades.

De acordo com o levantamento, em 2022, um total de 554.473 ocorrências foram registradas, sendo que 170.984 delas foram de ameaças. A situação das Delegacias de Atendimento às Mulheres (Deams) também deixou a desejar, uma vez que apenas 18,66% delas mantinham plantões 24 horas. Essa realidade só veio a mudar com a sanção da Lei 14.541/2023, que passou a garantir a operação ininterrupta dessas unidades, inclusive durante domingos e feriados.

Outro dado alarmante é a distribuição das unidades especializadas na investigação de narcóticos pelo país. Segundo o levantamento, 44% delas estão localizadas no Sudeste e 23% no Nordeste. Na Amazônia Legal, que engloba uma grande área do território brasileiro, estão localizados 15% dos postos de investigação, o que corresponde a 12 unidades. Foi registrado, ainda, que essas unidades foram responsáveis pela apreensão de 737,5 mil quilos de drogas, 65 armas de fogo, 181 veículos, 9 embarcações e 877 aparelhos celulares.

Quanto ao perfil das instituições de segurança pública, o estudo revelou que houve um aumento de 0,6% no número de policiais militares ativos no país em relação a 2021. Além disso, o número de mulheres nas corporações teve um pico de alta em 2022, com um aumento de 1,6%. Já o efetivo de policiais civis aumentou 1% em comparação ao ano anterior.

Por fim, o levantamento mostra que o efetivo de bombeiros militares cresceu 0,9% em 2022, e o número de peritos aumentou 6,5%. Estes números revelam avanços, mas apontam a necessidade de mais investimentos e atenção do poder público às instituições de segurança e à proteção das mulheres. Em suma, tais dados mostram a urgência de medidas que visem aprimorar as estruturas e o funcionamento das entidades responsáveis pela segurança pública no Brasil.

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