“Quero manifestar minha proximidade às famílias e comunidades que neste momento sentem a ausência de seus sacerdotes ou vivem outro tipo de aflições. É o momento de buscarmos juntos na oração o consolo de Deus e, na unidade celestial, nossa fortaleza”, acrescentou Brenes.
A tensão entre a Igreja Católica e o governo de Daniel Ortega tem se intensificado na Nicarágua, com a detenção dos sacerdotes. Ativistas humanitários e veículos de imprensa nicaraguenses no exílio também confirmam as prisões. No entanto, nem o governo do presidente Daniel Ortega nem a polícia da Nicarágua fizeram comentários sobre as denúncias.
A relação entre a Igreja e o governo se deteriorou durante os protestos de 2018, quando Ortega acusou os religiosos de apoiar os opositores em uma tentativa de golpe de Estado. Os protestos resultaram em confrontos violentos, com bloqueios rodoviários e a morte de mais de 300 pessoas, de acordo com dados da ONU.
Diante da situação, o bispo Silvio Báez, que saiu da Nicarágua em 2019, denunciou a “perseguição” contra a Igreja e pediu a solidariedade dos bispos do mundo e da comunidade internacional antes da detenção dos religiosos. Ele apelou para que a comunidade internacional seja mais eficaz na pressão contra o governo da Nicarágua.
As prisões e a tensão entre a Igreja Católica e o governo de Daniel Ortega têm atraído a atenção da comunidade internacional. Bispos do mundo e ativistas de direitos humanos estão mobilizando esforços para garantir a liberdade dos religiosos detidos. Enquanto isso, a população da Nicarágua vive um momento de incerteza e desafios, com a ausência de seus sacerdotes e o clima de instabilidade política que paira sobre o país.
