Repórter Recife – PE – Brasil

Félix Tshisekedi reeleito presidente da República Democrática do Congo com 73,34% dos votos: oposição pede anulação das eleições.

Na semana passada, a República Democrática do Congo anunciou os resultados das eleições presidenciais realizadas no fim de dezembro. O presidente Félix Tshisekedi foi reeleito com 73,34% dos votos, segundo a comissão eleitoral do país.

O opositor do governo, entretanto, se recusou a aceitar os resultados e classificou o pleito como um “simulacro”. O grupo de nove candidatos de oposição pediu a anulação das eleições e convocou a população a se manifestar nas ruas.

Durante sua comemoração, Tshisekedi afirmou que exercerá seu segundo mandato “com espírito de abertura”. Ele foi ovacionado por centenas de apoiadores quando os resultados oficiais foram anunciados.

Os números divulgados pela comissão eleitoral apontaram Tshisekedi como vencedor com grande vantagem sobre o segundo colocado, Moise Katumbi, que obteve 18% dos votos. O terceiro e quarto colocados, Martin Fayulu e Adolphe Muzito, tiveram, respectivamente, 5,33% e 1,12% dos votos.

Analistas políticos afirmam que a vitória de Tshisekedi superou as previsões devido à eficácia de sua campanha, mas ressaltaram a existência de possível irregularidades devido ao apoio maciço que recebeu em algumas regiões do país.

As eleições, que deveriam ter sido realizadas em 20 de dezembro, enfrentaram problemas logísticos e tiveram suas seções eleitorais abertas somente no dia 21. O processo de votação se estendeu até o dia 27 de dezembro.

Com aproximadamente 100 milhões de habitantes, a República Democrática do Congo é um dos maiores países da África Central. A reeleição de Tshisekedi para um segundo mandato de cinco anos foi motivo de controvérsia e descontentamento por parte da oposição.

Os desafios que aguardam Tshisekedi em seu segundo mandato são grandes, considerando o cenário de contestação dos resultados eleitorais e as recentes reações a eles. Os próximos anos se anunciem turbulentos na vida política do Congo, e o presidente terá que lidar com um ciclo de contestação que ameaça a sua legitimidade como líder do país.

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