Queimaduras por fogos de artifício preocupam autoridades e médicos em São Paulo e levantam debate sobre proibição de artefatos.

Ano Novo

A virada de Ano Novo é um momento de celebração e festividades, marcado por belos fogos de artifício que iluminam o céu em uma exibição espetacular. A história dos fogos de artifício remonta a séculos, e a tradição tem sido bem-sucedida em todo o mundo como uma maneira vibrante de marcar a chegada de um novo ano.

No entanto, nem todas as pessoas são fãs dessa tradição. Alguns amam e outros odeiam os fogos de artifício, e suas opiniões divididas geraram uma série de debates sobre a segurança e o bem-estar das pessoas durante essas celebrações.

No estado de São Paulo, algumas prefeituras, como a de São Paulo e a de Bragança, sancionaram leis que proíbem a soltura de fogos de artifício com barulhos. O motivo não é apenas evitar o incômodo para as pessoas, mas também preocupações com as queimaduras que esses dispositivos podem causar.

O Hospital Municipal Doutor Cármino Caricchio, em Tatuapé, São Paulo, fornece atendimento especializado para vítimas de queimaduras por fogos de artifício. A equipe do Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) inclui cirurgiões plásticos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, psicólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, assistentes sociais e nutricionistas, para garantir que as vítimas recebam cuidados abrangentes.

A principal preocupação da equipe médica é o risco de queimaduras graves, principalmente nos rostos e nas mãos das vítimas. Segundo o médico André Toshiaki Nishimura, coordenador do CTQ, as queimaduras por fogos de artifício podem variar em profundidade e dor. Ele explica que queimaduras mais profundas tendem a ser menos dolorosas, o que é um sinal preocupante.

É importante salientar que, além de causar sofrimento físico, as lesões provocadas por fogos de artifício também geram custos significativos para o sistema de saúde. Nishimura relata que o tratamento para pacientes queimados por fogos de artifício pode custar até R$ 1 milhão, considerando internações prolongadas e múltiplas cirurgias.

Como forma de prevenção, é essencial seguir algumas recomendações, como não manipular fogos de artifício sem supervisão, seguir as instruções de uso e armazenamento, e evitar soltar fogos na direção de pessoas e animais. Em caso de queimaduras, o atendimento médico imediato é crucial para evitar complicações graves.

Portanto, é fundamental que as autoridades e a população estejam cientes dos riscos associados aos fogos de artifício e tomem medidas para garantir a segurança de todos durante as celebrações de Ano Novo. A segurança e a saúde das pessoas devem ser prioridades, mesmo durante momentos de grande comemoração.

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