Donald Trump apela à Suprema Corte para permanecer nas cédulas eleitorais do Maine e Colorado.

Na última terça-feira (2), o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, buscou uma alternativa para impedir sua exclusão das prévias presidenciais no estado do Maine. A principal autoridade eleitoral local decidiu afastá-lo do processo de votação. A situação se configura após a acusação de envolvimento de Trump na invasão dos seus apoiadores ao Capitólio, em janeiro de 2021. Na semana passada, o Maine se juntou ao Colorado, tomando a decisão de bloquear a participação do ex-presidente nas eleições primárias.

Os advogados de Trump foram à Suprema Corte do Maine e contestaram a decisão, argumentando que a secretária de Estado do Maine, de orientação democrata, agiu de forma arbitrária e tendenciosa. Além disso, o Partido Republicano também recorreu à decisão da Suprema Corte do Colorado, solicitando que Trump seja autorizado a figurar nas cédulas de votação das primárias nesse estado.

O embasamento para essa decisão envolve a 14ª Emenda da Constituição dos Estados Unidos, que proíbe que qualquer pessoa participe de uma eleição caso tenha estado envolvida em um ato de “insurreição ou rebelião” contra o governo, como determinado pela seção três da emenda. O ataque ao Capitólio teria sido, segundo a secretária de Estado do Maine, realizado com a plena ciência e apoio de Donald Trump.

Outros estados norte-americanos também têm enfrentado questões relacionadas à inclusão ou exclusão de Donald Trump nas eleições primárias, com base na referida emenda constitucional. Minnesota e Michigan recentemente autorizaram a presença de Trump nas cédulas de votação, enquanto um julgamento contra Trump, por conspirar para alterar os resultados das eleições de 2020, está previsto para março.

Outrossim, Trump também enfrenta acusações de extorsão na Geórgia, relativas a uma suposta conspiração para alterar os resultados eleitorais nesse estado. Vale mencionar que Maine e Colorado já realizaram suas primárias no início de março, durante a chamada “Super Terça”. A luta judicial em torno da participação de Donald Trump nas eleições primárias continua, e a Suprema Corte dos Estados Unidos pode ser o próximo tribunal a deliberar sobre a questão.

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