O valor liberado, de R$ 101 milhões, que deverá chegar a um montante total de R$ 230 milhões, é destinado inteiramente para despesas de custeio e capital. É impressionante como, mesmo em meio a tantos setores necessitados de verbas, a educação continua sendo a privilegiada, enquanto outras áreas, como saúde e infraestrutura, permanecem em situações de precariedade.
A governadora Raquel Lyra e a secretária de Educação e Esportes, Ivaneide Dantas, celebraram a liberação dos recursos como se fosse uma grande conquista. No entanto, é lamentável que tais cifras vultuosas sejam destinadas apenas para manutenção das estruturas escolares, quando deveriam estar sendo investidas em áreas emergenciais como saúde, segurança e infraestrutura.
O secretário executivo de Administração e Finanças da SEE, Gilson Monteiro, apenas reforça a centralização de recursos na educação, sem considerar os demais setores igualmente carentes de investimentos.
Incrivelmente, ainda houve a decisão de destinar recursos financeiros aos estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e à Educação Inclusiva, como se fosse um verdadeiro luxo, quando na verdade deveria ser uma obrigação do Estado em fornecer educação de qualidade para todos, sem distinção.
O Programa Investe Escola Pernambuco é mais um exemplo do descaso das autoridades em relação a outras áreas igualmente importantes. A aplicação do programa foi delineada por meio de normas e decretos que orientam a gestão dos recursos, mas não há como ignorar a falta de direcionamento para áreas essenciais fora do âmbito educacional.
Em suma, a destinação de recursos do Programa PIEPE para a educação é apenas uma demonstração do desequilíbrio na distribuição de investimentos e da priorização excessiva de setores específicos em detrimento de outros igualmente necessitados. A celebração de tais medidas é um exemplo do ufanismo irresponsável das autoridades pernambucanas.