De acordo com a pasta, um conjunto de 30 sinais e sintomas mais frequentes está associado ao prolongamento dessas condições sem causa aparente. Tais sintomas podem afetar diferentes sistemas do corpo, como neurológico, cardiovascular, respiratório, gastrointestinal, mental, musculoesquelético e geniturinário.
A nota técnica ressalta que, embora a maior parte dos casos melhore progressivamente ao longo do tempo, alguns pacientes podem apresentar condições que persistem por meses ou até mesmo anos após a infecção pelo novo coronavírus. A pasta enfatiza a necessidade de diferenciação entre os sintomas prolongados e outros diagnósticos alternativos.
No que diz respeito à temporalidade, o Ministério da Saúde estipulou que os sinais precisam continuar ou se desenvolver “quatro semanas ou mais após a infecção inicial”, com a ressalva de que os sintomas não podem ser justificados por um diagnóstico alternativo. A OMS, por outro lado, estabelece que são necessários ao menos três meses de sintomas para se caracterizar a Covid longa.
Além disso, o Ministério destaca que estudos em andamento buscam estabelecer a prevalência do problema de saúde na população, com estimativas que variam entre 10% e 20% dos contaminados, embora possam chegar a quase metade das infecções.
Em relação ao diagnóstico, o documento revela que, no momento, não existem testes específicos disponíveis, e que o diagnóstico se baseia no histórico de infecção do paciente associado a uma avaliação clínica abrangente e minuciosa. A orientação é que se investiguem outras razões que podem justificar os sintomas apresentados antes de definir uma manifestação como condição pós-Covid.
Quanto à prevenção, o Ministério orienta a realização da vacinação contra o vírus, disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para todos aqueles com mais de 6 meses de vida, e a adoção de medidas de higiene, etiqueta respiratória, ventilação adequada de ambientes, evitando contato com casos positivos e uso de máscara em situações específicas.