Repórter Recife – PE – Brasil

Ativista LGBTQIA+ ferido por facadas em Uganda em meio a aumento de ameaças e adoção de leis anti-homossexualidade.

Ativista dos direitos LGBTQIA+ é esfaqueado por dois homens em Uganda

Nesta quarta-feira (3), um famoso ativista dos direitos LGBTQIA+ em Uganda foi atacado por duas pessoas enquanto estava a caminho do trabalho. A polícia e um ativista dos direitos humanos declararam que Steven Kabuye, de 25 anos, ficou ferido após ter sido esfaqueado em um subúrbio de Kampala, a capital de Uganda.

De acordo com a polícia, dois homens usando capacetes estavam em uma motocicleta e se aproximaram de Kabuye. O passageiro atacou Kabuye, atingindo o seu pescoço com uma faca, e os agressores o perseguiram, esfaqueando-o no estômago antes de deixarem-no para morrer. Porém, os moradores do bairro ajudaram Kabuye e o levaram para um hospital. Segundo o porta-voz da polícia, Kabuye se encontra estável.

Defensores dos direitos humanos já haviam alertado para o risco de ataques contra membros da comunidade LGBTQIA+ em Uganda, especialmente depois que o país adotou uma das leis mais rígidas do mundo contra a homossexualidade em 2022. A lei prevê pena de morte ou prisão perpétua para o crime de “homossexualidade agravada”. Apesar da norma ter sido denunciada por defensores dos direitos humanos e por países ocidentais, Kabuye declarou aos investigadores que vinha recebendo ameaças de morte desde março de 2023.

Kabuye trabalha para a Coloured Voices Media Foundation, uma organização que luta pelos direitos de jovens da comunidade LGBTQIA+. A onda de violência e perseguição contra pessoas LGBTQIA+ em Uganda preocupa defensores dos direitos humanos, que temem que mais ataques como esse possam ocorrer no país. A situação se agrava devido à adoção da lei que pune a homossexualidade de forma severa, levando a um ambiente de intolerância e violência.

A comunidade internacional e organizações de direitos humanos continuam a denunciar a situação em Uganda, pedindo medidas para proteger os direitos e a segurança de pessoas LGBTQIA+ no país. Enquanto isso, é essencial dar visibilidade a casos como o de Kabuye e buscar soluções para acabar com a perseguição e a violência motivadas pela orientação sexual e identidade de gênero. A segurança e a integridade das pessoas LGBTQIA+ em Uganda e em todo o mundo devem ser prioridades na busca por um ambiente mais inclusivo e seguro para todos.

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