Esse valor representa o menor déficit nas transações correntes para o mês de novembro desde 2016, quando o resultado negativo foi de US$ 879 milhões. A melhora do saldo é atribuída ao aumento do superávit comercial em R$ 2 bilhões, que contrabalançou os aumentos nos déficits de serviços, renda primária e renda secundária.
Em relação à balança comercial, as exportações de bens totalizaram US$ 28,104 bilhões, com uma redução de 1% em comparação com novembro de 2022. Já as importações somaram US$ 21,431 bilhões, representando uma queda de 9,6% em relação ao mesmo período anterior.
No que se refere ao déficit na conta de serviços, incluindo viagens internacionais, transporte, aluguel de equipamentos e seguros, houve um saldo negativo de US$ 3,552 bilhões em novembro. No entanto, esse valor representa um aumento em relação ao déficit observado em novembro de 2022.
O aumento das despesas líquidas com serviços de telecomunicação, computação e informações contribuíram para esse resultado, somando US$ 706 milhões em novembro de 2023. Além disso, as despesas líquidas com aluguel de equipamentos atingiram US$ 862 milhões, representando um aumento de 41,5% em comparação com novembro de 2022.
Em relação às rendas, o déficit em renda primária, que inclui lucros, dividendos, pagamentos de juros e salários, alcançou US$ 4,650 bilhões em novembro de 2023. Esse valor representa um aumento de 16% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Por outro lado, os ingressos líquidos em investimentos diretos no país (IDP) foram ligeiramente superiores na comparação interanual, totalizando US$ 7,780 bilhões em novembro.
Em meio a esse cenário, o estoque de reservas internacionais atingiu US$ 348,406 bilhões em novembro de 2023, representando um aumento de US$ 8,159 bilhões em comparação ao mês anterior. Este valor reflete a importância de contar com recursos externos para financiar o saldo negativo nas contas externas do Brasil.
