Anteriormente, a Suprema Corte do Colorado proibiu Trump de participar das eleições primárias republicanas neste estado devido ao suposto papel dele no ataque ao Capitólio em Washington, realizado por seus apoiadores em 6 de janeiro de 2021. A defesa do ex-presidente pediu à Suprema Corte, que é majoritariamente composta por conservadores, incluindo três juízes indicados por Trump, que ouça o caso e “anule sumariamente a decisão da Suprema Corte do Colorado”.
Os advogados de Trump argumentaram que a decisão, se mantida, irá marcar a primeira vez na história dos Estados Unidos em que uma decisão judicial impedirá os eleitores de votar no principal candidato de um dos principais partidos. Além disso, a petição ocorre um dia depois de Trump apresentar um recurso contra uma resolução da autoridade eleitoral do estado do Maine que o manteria fora das primárias nesse estado do nordeste dos EUA.
A resolução da secretária de Estado do Maine, uma democrata, determinou que Trump era inelegível para figurar na cédula das primárias invocando a 14ª Emenda da Constituição dos Estados Unidos. A seção três dessa emenda proíbe qualquer pessoa de ocupar um cargo público que tenha participado de uma “insurreição ou rebelião” após ter se comprometido a apoiar e defender a Constituição.
Entretanto, não foram apenas os estados do Colorado e Maine que desafiaram a elegibilidade de Trump. Outros estados como Minnesota e Michigan também apresentaram desafios semelhantes à participação do ex-presidente nas eleições primárias.
Apesar de sua luta para garantir sua participação nas eleições primárias, Trump enfrenta outro desafio judicial em Washington, onde está programado para ser julgado em março por conspirar para alterar os resultados das eleições de 2020, vencidas pelo democrata Joe Biden. Além disso, o ex-presidente também enfrenta acusações de extorsão na Geórgia por suposta conspiração para alterar os resultados eleitorais neste estado do sul.
Em meio a todas essas polêmicas jurídicas, as primárias nos estados do Colorado e Maine já ocorreram em 5 de março, durante a chamada “Superterça”, quando partidos de mais de uma dezena de estados, incluindo Califórnia e Texas, foram às urnas. Resta saber como todas essas disputas legais irão afetar a participação de Trump nas eleições primárias em outros estados.