O Boeing 747, que transportava um carregamento de peças automotivas, foi detido na Argentina e teve sua tripulação de 19 membros detida. Inclusive, entre os tripulantes estavam quatro iranianos, um deles sendo ex-comandante da Guarda Revolucionária, organização considerada terrorista pelos EUA. Posteriormente, a tripulação foi libertada, mas o avião permaneceu retido no país.
Após a decisão de apreensão do avião, o governo venezuelano se manifestou criticando a ação como uma tentativa de “consumar o roubo da aeronave venezuelana”. O Ministério das Relações Exteriores da Venezuela afirmou em uma rede social que “a Venezuela rejeita e condena categoricamente a decisão”, alegando que o país havia demonstrado a posse legal e legítima da aeronave perante órgãos jurídicos e políticos internacionais.
O caso envolvendo a apreensão do avião teve origem em uma venda realizada em 2021, quando o avião foi vendido à Empresa de Transporte Aerocargo del Sur (Emtrasur) pela iraniana Mahan Air, que está sob sanções. A Emtrasur é ligada à estatal venezuelana Conviasa, que também está na lista de sanções do governo dos EUA. O avião chegou à Argentina vindo do México com uma carga de peças automotivas e, após uma série de complicações, permaneceu retido no país.
Portanto, a decisão do juiz argentino gerou uma controvérsia diplomática entre Venezuela, Argentina, Estados Unidos e Irã, transformando o caso em um assunto de grande repercussão internacional. A situação ainda está em desenvolvimento, com repercussões e desdobramentos imprevisíveis, dada a complexidade e a sensibilidade das relações entre os países envolvidos.
