Moradores de Israel temem escalada de guerra com o Líbano após morte de líder do Hamas em Beirute.

Na região norte de Israel, próxima à fronteira com o Líbano, a tensão aumenta entre os locais, despertando o temor de uma guerra iminente com o país vizinho após a morte do número dois do Hamas em Beirute. Desde o início do conflito entre Israel e o Hamas em 7 de outubro, o Exército israelense tem mantido um constante combate com o Hezbollah libanês, que é aliado do movimento islâmico palestino.

Nahariya, uma cidade costeira localizada a poucos quilômetros da fronteira, está entre as localidades mais preocupadas com a escalada da tensão na região. O medo é evidente, especialmente após o falecimento de Saleh Al Aruri na capital libanesa, um evento atribuído a Israel. Lee Zorviv, de 40 anos, proprietária de uma loja de roupas local, expressa sua angústia ao revelar: “Esta manhã, não sabíamos se mandamos as crianças para a escola, temendo a resposta do Hezbollah ao que aconteceu ontem”.

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As consequências de um possível agravamento do conflito são alarmantes. A última guerra entre Israel e o Hezbollah, ocorrida em 2006, resultou na morte de mais de 1.200 libaneses, na sua maioria civis, e 160 israelenses, a maioria deles soldados. O temor é compartilhado pelas forças de paz das Nações Unidas, que alertaram para as possíveis “consequências devastadoras” de um conflito escalado entre Israel e o poderoso movimento xiita.

A preocupação alimentada pelas tensões fronteiriças torna-se evidente nos relatos de Zorviv sobre a queda de 50% nas atividades comerciais locais e o fechamento de diversas empresas. Moradores relatam um aumento na quantidade das forças de segurança presentes na cidade e no intenso monitoramento das notícias, enquanto até mesmo os banhistas desafiam as baixas temperaturas do inverno. Shalev, um jovem de 18 anos, expressa sua preocupação ao afirmar que, apesar do medo, continua trabalhando, pois a necessidade é imperativa.

Diante desse cenário sombrio e tenso, a população israelita sente-se vulnerável e apreensiva, com muitos relatando que o medo tornou-se onipresente, levando inclusive a um aumento no número de pessoas portando armas. Diante da incerteza e do impacto na economia local, a esperança é de que a situação possa ser amenizada, evitando um desenlace catastrófico para toda a região.

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