Morre aos 93 anos o jornalista e cineasta pernambucano Celso Marconi, um dos principais nomes do jornalismo cultural e do cinema.

Falecimento de Celso Marconi, jornalista e cineasta pernambucano, causa comoção

O jornalismo e a cultura pernambucana perderam um de seus grandes nomes na noite da última terça-feira (2), com o falecimento do renomado jornalista, crítico de arte, professor, curador e cineasta Celso Marconi Lins. Aos 93 anos, Celso estava internado no Hospital Esperança, em Olinda, e faleceu por volta das 23h devido a falência múltiplas dos órgãos.

Sua morte causou comoção entre familiares, amigos e admiradores, que lamentaram a perda de um intelectual tão importante para a cultura pernambucana. O velório de Celso Marconi está previsto para ocorrer no cemitério Morada da Paz, em Paulista, a partir das 12h desta quarta-feira (3), com o sepultamento marcado para as 17h no mesmo local.

Autor da biografia “Celso Marconi: O senhor do Tempo”, o escritor Luiz Joaquim destacou o legado deixado por Celso, que teve sua carreira iniciada nos anos 1950 no jornalismo cultural e no cinema. O jornalista deixa três filhos – Pedro, Luiz e Isabela – da primeira união com Maria do Carmo Lins, e uma filha – Manuela – da união com Tereza Lins, além de netos e bisnetos.

Nascido em 1930 no bairro do Poço da Panela, na Zona Norte do Recife, Celso Marconi teve uma carreira marcada por importantes contribuições para a cultura pernambucana. Iniciou no jornalismo na década de 1950, escrevendo para veículos como Folha do Povo, Jornal Pequeno e Diario de Pernambuco. Sua primeira crítica de cinema foi assinada em 1954 sob o pseudônimo “João do Cine” e publicada no Folha do Povo.

Durante os anos 1960, representou a imprensa local em viagens pela China, União Soviética e Europa, e foi convidado para compor a equipe da edição Nordeste do Última Hora, de Samuel Weiner. Também foi preso pelos militares durante a ditadura militar, ficando detido por quatro meses.

Celso Marconi também foi responsável pela profissionalização do projeto Cinema de Arte ao lado do colega Fernando Spencer, promovendo as primeiras exibições na cidade de cineastas renomados. Além disso, foi um realizador superoitista com cerca de 20 filmes produzidos na década de 1970 e lecionou jornalismo na Universidade Católica de Pernambuco nos anos 1980.

Em 1991, assumiu a editoria do Suplemento cultural, publicado pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), e a gestão do Museu da Imagem e do Som de Pernambuco. Como reconhecimento por sua contribuição à cultura, em 2020, Celso ganhou a biografia “Celso Marconi: O senhor do tempo”, assinada por Luiz Joaquim e editada pela Cepe.

A morte de Celso Marconi representa uma grande perda para a cultura e o jornalismo pernambucano, tendo deixado um legado que será lembrado e apreciado pelas futuras gerações. Sua contribuição para o cinema e a crítica cultural deixa um vazio, mas também um exemplo a ser seguido.

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