O general Esmail Qaani, chefe da Força Quds, braço da Guarda Revolucionária iraniana, antes da reivindicação do EI, sugeriu que as explosões teriam sido “promovidas pelos EUA e pelo regime sionista”. Os EUA negaram estar “envolvidos de alguma forma”. Apesar do governo israelense ter interesse em desestabilizar o Irã devido ao seu apoio de longa data ao Hamas, o modus operandi adotado no ataque levantou dúvidas se de fato ele teria sido feito pelo país.
O ataque foi reivindicado pelo Estado Islâmico por meio de seu canal no Telegram, mas não especificou qual ramificação do grupo estaria por trás do atentado. Desde que o califado autodeclarado do Estado Islâmico foi derrotado, várias facções assumiram as terras que antes faziam parte de seu domínio. Uma delas é a afiliada Estado Islâmico do Khorasan, também conhecida como ISIS-K, sediada no Afeganistão, que divide uma fronteira porosa com o Irã, facilitando a entrada de combatentes do grupo no país persa.
Existem outras organizações terroristas atuando na República Islâmica, como o Jaish al-Adl, atualmente envolvido em uma intensa repressão do governo iraniano na província de Sistão-Baluchistão. Outro grupo aliado de grupos separatistas curdos que atuam no Irã é o Partido pela Vida Livre do Curdistão, e o Movimento de Luta Árabe pela Libertação de Ahvaz busca o estabelecimento de um Estado árabe no sul do Irã.