Chefe de Inteligência Militar de Israel minimiza preocupações com conflito regional ao falar sobre a guerra “em múltiplas frentes” nos últimos 90 dias.

Em meio aos conflitos em múltiplas frentes no Oriente Médio, as tensões entre Israel e seus inimigos próximos parecem estar em constante agravamento. O país, através de seu chefe de Inteligência Militar, Aharon Haliva, indicou nesta quinta-feira que está engajado em uma guerra generalizada com diversos inimigos desde Gaza até o Irã. Em um discurso na cerimônia de graduação de oficiais de inteligência, registrado pelo jornal Times of Israel, Haliva afirmou que a Diretoria de Inteligência Militar está operando tanto em defesa quanto em ataques nas duas frentes, mas não fez menção a ações específicas.

Porém, esse discurso é mais um sinal de que a tensão na região está crescendo. O Irã, por exemplo, foi alvo de um atentado que matou dezenas de pessoas durante uma procissão, e o país acusou Israel e os EUA de estarem por trás das explosões. Ao mesmo tempo, Israel lançou um ataque aéreo no Líbano contra uma posição do Hezbollah, que resultou na morte de cinco soldados do movimento radical. O ataque foi criticado duramente pelo governo libanês e pela direção do Hezbollah, que prometeu retaliação.

Além disso, o grupo rebelde Houthi intensificou os ataques contra navios no Mar Vermelho, provocando uma coalizão liderada pelos EUA para proteger as embarcações. Até mesmo o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, foi enviado à região para tentar diminuir as tensões.

Apesar dos inúmeros focos de tensão, analistas acreditam que a possibilidade de um conflito em escala regional irromper no curto prazo não é significativa. Isso porque, por um lado, a aliança de Israel com o Ocidente limita suas ações contra os inimigos regionais, enquanto Irã e Hezbollah não teriam interesse em um conflito devido à desvantagem bélica que carregam.

Portanto, embora os recentes eventos evidenciem tensões crescentes na região do Oriente Médio, a possibilidade de um conflito em escala regional se torna menos provável. Mesmo assim, a situação exige atenção e diplomacia para evitar que a situação se amplie e cause consequências graves para a região.

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