O relatório divulgado pela Câmara dos Representantes apontou que a China gastou 5,5 milhões de dólares nas propriedades de Trump, enquanto a Arábia Saudita desembolsou pelo menos 615.422 dólares. Segundo os autores do relatório, a receita de governos estrangeiros violou uma concessão constitucional sobre pagamentos do exterior.
De acordo com o documento, Trump teria aceitado os pagamentos de Estados estrangeiros e de seus líderes, o que configuraria uma violação da Constituição. O relatório aponta que o ex-presidente teria aceitado os pagamentos injustificados da China sem a autorização do Congresso.
O montante total recebido por Trump pode ser ainda maior, pois os dados disponíveis são baseados apenas nas declarações da Mazars, empresa de contabilidade de Trump, e em documentos apresentados ao regulador financeiro americano.
Além disso, o relatório também destaca que a Arábia Saudita fez pagamentos proibidos a empresas de Trump, violando assim a Constituição. No entanto, em 2022, o hotel de Trump em Washington foi vendido a um grupo investidor privado.
Essas revelações trazem à tona questões éticas e legais sobre a conduta do ex-presidente durante seu mandato. A aceitação de pagamentos de governos estrangeiros por empresas de Trump levanta dúvidas sobre possíveis conflitos de interesse e questiona a transparência e a integridade do seu governo.
Além disso, evidencia a possibilidade de que Trump tenha se beneficiado financeiramente de relações com governos estrangeiros, o que agravaria a suspeita de corrupção e desonestidade no exercício do cargo presidencial. Toda essa polêmica coloca em xeque a idoneidade do ex-presidente e lança luz sobre as práticas questionáveis envolvendo suas empresas e a atuação no governo.