“Estamos preocupados com a adoção de uma emenda que corre o risco de pôr em perigo as informações no âmbito judicial”, afirmou Carlo Bartoli, presidente da Ordem Nacional de Jornalistas, destacando a importância de uma imprensa livre para reportar prisões de políticos e outras personalidades. O partido de centro Azione é responsável pela proposta que proíbe os jornalistas de noticiar prisões de figuras públicas antes do término da investigação preliminar.
Em defesa da medida, a primeira-ministra Meloni, líder do partido de extrema direita Irmãos da Itália, argumentou que a proposta é uma forma de equilibrar o direito de informar com o direito dos cidadãos de serem protegidos antes de uma condenação e de terem direito à defesa. Em contraponto, o partido de oposição Movimento 5 Estrelas denunciou que o projeto de lei procura “dissimular ou deixar impunes as ações” de pessoas corrompidas.
Diante desse impasse, a liberdade de imprensa e o direito à informação estão em jogo na Itália, com jornalistas e políticos envolvidos em um debate acalorado sobre os limites e possíveis restrições ao trabalho dos jornalistas. Este é um assunto que deve continuar mobilizando a sociedade italiana e a comunidade jornalística nos próximos dias, enquanto a proposta de lei avança no Senado e as discussões sobre o tema prosseguem.
