Líder do prefeito de São Paulo nega acordo para aprovação de CPI que mira padre Júlio Lancellotti e ONGs.

Em entrevista ao jornal O Globo, o vereador Fabio Riva, líder do prefeito Ricardo Nunes na Câmara Municipal de São Paulo, negou a existência de um acordo entre as lideranças partidárias para a aprovação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que visa a investigar a atuação do padre Júlio Lancellotti e de organizações não governamentais no centro de São Paulo. Riva, que assinou o requerimento para a criação da comissão, ressaltou que uma eventual convocação do religioso “extrapola” o objeto do pedido da CPI.

O líder da gestão municipal na Casa Legislativa ressaltou que, apesar de ter assinado o pedido para a criação da CPI, isso não significa necessariamente que ele votará a favor da mesma em plenário. Riva destacou que é rotina para ele assinar inúmeros pedidos de CPI, inclusive de partidos da oposição, e que vai conversar com o vereador Rubinho Nunes, autor da proposta.

Além disso, Riva ressaltou que a CPI deve seguir uma ordem cronológica na Casa Legislativa e que existem várias outras comissões na fila antes da que mira as entidades no centro de São Paulo. Ele declarou que é necessário conversar com o autor da proposta para compreender qual é o objetivo da CPI e ressaltou que precisa haver a votação para que a comissão tenha preferência em relação às demais.

Com relação à atuação do padre Júlio Lancellotti no centro de São Paulo, o líder de Ricardo Nunes disse que é necessário reconhecer o trabalho histórico do religioso na região central, mas questionou os posicionamentos políticos do padre em relação às políticas adotadas pelo poder municipal. Riva destacou que não se pode partidarizar as ações sociais e que é crítico à questão política envolvendo o padre, e não à sua atuação no centro.

Por fim, o líder ressaltou que, até o momento, não existe um posicionamento definido da liderança do governo sobre a instalação da comissão e que as CPIs seguem um processo formal e regimental para serem instauradas e votadas. Ele é conselheiro do PSDB, que tem uma demanda final para a formação da comissão. Esta notícia está em consonância com diversos outros jornais online.

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