Segundo a ONU, a pandemia expôs o risco adicional de contaminação para pessoas com deficiência devido à falta de acesso a orientações e medidas de proteção. Também enfatizou a necessidade de intensificar as atividades de acessibilidade digital para garantir a inclusão de todos. Neste Dia Mundial do Braille, celebra-se a linguagem como um meio essencial para a comunicação e a plena realização dos direitos humanos das pessoas com deficiência visual.
Criado em 1825 pelo francês Louis Braille, que ficou cego aos 3 anos de idade devido a um acidente, o Sistema Braille permite a comunicação em várias línguas por meio de símbolos alfabéticos e numéricos. A leitura é feita através da combinação de pontos em relevo, possibilitando a escrita e a leitura. Ainda no contexto brasileiro, o Braille foi introduzido por José Álvares de Azevedo, idealizador da primeira escola para o ensino de pessoas cegas no país, e o Dia Nacional do Braille é celebrado em 8 de abril, aniversário de Azevedo.
A ONU destaca o Braille como essencial no contexto da educação, liberdade de expressão, opinião e inclusão social, de acordo com a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que pelo menos 1 bilhão de pessoas em todo o mundo apresentam algum tipo de deficiência visual, o que reforça a importância da acessibilidade para garantir a inclusão e o pleno exercício dos direitos humanos para todos.
Neste sentido, a disseminação e promoção do sistema Braille e de outros formatos acessíveis, como o formato sonoro, são fundamentais para assegurar que pessoas com deficiência visual tenham acesso igualitário a informações essenciais, protegendo e promovendo seus direitos e bem-estar.