A jovem filha de Kim Jong-un é apontada como sucessora mais provável do ditador, conforme agência de inteligência da Coreia do Sul.

A jovem filha do ditador norte-coreano, Kim Jong-un, tem frequentemente acompanhado seu pai em eventos públicos e testes de mísseis de longo alcance. Segundo a agência de inteligência da Coreia do Sul, ela é a sucessora mais provável de Kim caso ele morra. Autoridades sul-coreanas identificaram a menina como Kim Ju-ae, de 10 anos, embora a Coreia do Norte não tenha revelado nenhum detalhe pessoal sobre ela, incluindo seu nome. A divulgação de informações sobre a filha do ditador é volta à estratégia de aumentar sua reputação dentro e fora do país.

A menina foi descrita pela Agência Central de Notícias da Coreia do Norte (KCNA) como a filha “mais amada” do líder, e é a única dos três filhos de Kim que já teve sua imagem revelada. Estima-se que o filho mais velho tenha nascido em 2010, e a mais nova, em 2017. A mídia estatal de Pyongyang mostrou imagens de generais militares e outros altos funcionários ajoelhados diante dela, o que gerou especulações entre analistas externos de que ela tem sido preparada como herdeira.

A Agência de Inteligência Nacional da Coreia do Sul afirmou que Kim Ju-ae é vista como a sucessora mais provável, porém destacou que também considerava “todas as possibilidades” no plano de sucessão do Norte. Além disso, o órgão observou que Kim ainda é jovem: ele completaria 40 anos na próxima segunda-feira, e não é conhecido por ter problemas de saúde.

A aparição pública da filha de Kim Jong-un representa uma medida estratégica adotada por ele, de acordo com Hong Min, diretor da Divisão de Pesquisa da Coreia do Norte no Instituto de Unificação Nacional da Coreia. A ideia é que a identificação da menina passa a não ser apenas uma questão de segurança dentro do país, como também no exterior. A aparição pública da jovem marca uma ruptura de tradição, já que os filhos da família Kim eram mantidos distantes do público até atingir a maioridade.

A Coreia do Norte não é uma monarquia, mas tem tido liderança dinástica desde o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945. A questão de quem herdaria o regime — e o arsenal nuclear em rápido crescimento do país — tem fascinado autoridades e analistas. Se Ju-ae substituir o pai como líder, ela seria a primeira governante feminina de um país profundamente patriarcal e dominado por homens. No entanto, especialistas dizem que, dada sua pouca idade, ainda é cedo para dizer se ela irá desenvolver o tipo de qualidades de liderança que seu pai demonstrou ao estabelecer sua autoridade.

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