Ao final da primeira semana do ano, o Dow Jones recuou 0,3%, o Nasdaq caiu quase 3%, e o S&P 500 menos de 1%. Neste sentido, Wall Street viu sua primeira perda semanal após dois meses de alta.
O relatório de emprego nos Estados Unidos mostrou um aumento de 216.000 novas contratações em dezembro, superando as 162.000 previstas, com uma taxa de desemprego estável em 3,7%, aumentando os rendimentos dos títulos.
O temor dos investidores em renda fixa é que as altas taxas do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) permaneçam elevadas por mais tempo. Isso fez com que os rendimentos dos títulos do Tesouro de 10 anos subissem para 4,04% até as 21h30 GMT, em comparação com os 3,99% da véspera.
Além disso, houve um aumento no salário por hora de 0,4% em dezembro, alcançando 4,1% ao ano, em vez dos 4% do mês anterior. Os investidores estavam divididos entre a ideia de que o Fed pode manter as taxas elevadas por mais tempo para conter um ressurgimento da inflação e a de que a atividade está em um “aterrissagem suave”.
Na visão de Janet Yellen, secretária do Tesouro, não há dúvidas. “Podemos descrever o que vemos agora como uma aterrissagem suave e espero que continue”, disse nesta sexta-feira.
Esses números mais dinâmicos do emprego geraram um clima de incerteza, já que diferentes interpretações levaram a divergências entre investidores e analistas em relação ao futuro da economia.
Entretanto, é importante observar o contexto macroeconômico e as tendências de mercado para avaliar a real dimensão desses dados e a possível influência nas próximas movimentações dos investidores. Com as incertezas políticas e econômicas, fica a questão: quais serão os próximos passos de Wall Street? O mercado financeiro terá que esperar para ter respostas mais concretas.
