Até o momento, as eleições presidenciais estão previstas para ocorrer no segundo semestre de 2024, negociadas durante conversas mediadas pela Noruega entre o governo e a oposição. Espera-se que a União Europeia e outros atores internacionais observem o processo. Além disso, os Estados Unidos levantaram parte de suas sanções ao petróleo, gás e ouro venezuelanos por um período de seis meses, mas as condicionaram a eleições transparentes.
Enquanto o presidente Nicolas Maduro ainda não confirmou sua candidatura à reeleição, o ex-vice-presidente Diosdado Cabello indicou que ele será o candidato do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV). Este comentário foi visto como uma sinalização de união no partido no poder, que tem lutado contra uma baixa popularidade e isolamento internacional. No entanto, especialistas apontam que Maduro está em campanha há mais de um ano, tornando improvável sua desistência da candidatura.
Por outro lado, a principal opositora, María Corina Machado, venceu as primárias da oposição com mais de dois milhões de votos. No entanto, ela foi inabilitada para exercer cargos públicos por 15 anos, criando incertezas sobre sua candidatura, apesar de seu amplo apoio popular.
Enquanto isso, a economia da Venezuela tem sido tema de debate, com Maduro elogiando a “recuperação econômica” do país em meio a um crescimento estimado de 4,5% pela Cepal, mas empresas privadas indicam uma estagnação. A flexibilização das sanções e o retorno de grandes empresas petrolíferas podem gerar impactos positivos, com a expectativa de uma expansão de 9,7% em 2024, embora observadores alertem para uma grande incerteza devido às eleições.
Diante de um cenário eleitoral incerto, a Venezuela permanece um país polarizado e com futuro incerto, enquanto as atenções se voltam para a definição das candidaturas e a qualidade do processo eleitoral.
