A Cisjordânia, que é um território ocupado desde 1967 pelo exército israelense, tem sido alvo de um recrudescimento da violência desde o início da guerra em Gaza. Além disso, também houve um aumento das atividades de alguns colonos visando “marginalizar” os palestinos, de acordo com o estudo da Peace Now. Atualmente, cerca de 490.000 israelenses residem em colônias consideradas ilegais pelo direito internacional, mas reconhecidas por Israel.
Além do aumento no número de assentamentos, também foram identificadas “18 novas rotas pavimentadas ou autorizadas por colonos”. Segundo a ONG, os três meses de guerra em Gaza estão sendo usados pelos colonos como instrumento para criar um controle de fato sobre o território e tomar o controle de áreas maiores na zona C da Cisjordânia, onde se concentram os colonos sob controle cívico-militar israelense.
A Peace Now ressalta que vários líderes do movimento a favor das colônias são ministros no governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o que cria um ambiente político favorável para a expansão dos assentamentos. A matéria destaca, ainda, as informações de outra organização, a Yesh Din, que indicou um recorde de atos violentos de colonos contra palestinos na Cisjordânia no ano de 2023.
Além disso, a ONU identificou 1.225 ataques de colonos a palestinos ao longo do ano. A situação na região é preocupante e demonstra a intensificação das tensões entre israelenses e palestinos, especialmente em meio ao conflito armado em Gaza. Essas ações dos colonos refletem as complexidades e desafios enfrentados na busca por uma solução pacífica e duradoura para a região do Oriente Médio.
