A indignação com a situação foi transmitida pelo presidente da estatal, Jean Paul Prates, que afirmou que a questão está sendo avaliada em diálogo com os órgãos de controle. Ele citou que a venda está sendo analisada por setores da Petrobras que lidam com governança e integridade corporativa.
A CGU criticou o timing da privatização, realizada em um período prejudicial para a economia e para o mercado de petróleo, o que reacendeu suspeitas sobre a legalidade do negócio. A refinaria, que foi rebatizada como Refinaria de Mataripe, foi vendida por US$ 1,65 bilhão (R$ 8,03 bilhões pelo câmbio atual) para o fundo Mubadala Capital, divisão de investimentos da Mubadala Investment Company, que pertence à família real dos Emirados Árabes Unidos.
Outra questão que se mistura a essa venda é a troca de presentes entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e o governo dos Emirados Árabes Unidos, no mesmo período em que a refinaria foi privatizada. O recebimento de armas, joias e esculturas está sendo investigado pela Polícia Federal, aumentado a suspeita em torno da legalidade da transação.
A divulgação do relatório da CGU motivou autoridades como o ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, e o ministro da CGU, Vinicius Marques de Carvalho, a expressarem publicamente sobre a necessidade de investigar a possível conexão entre os presentes recebidos e a venda da refinaria.
Além disso, o ex-presidente Bolsonaro afirmou, em março do ano passado, que a privatização da refinaria da Bahia foi aprovada pelo TCU. No entanto, as investigações ainda estão em andamento, e a Petrobras segue analisando o processo de venda da Refinaria Landulpho Alves.
