Ministro da Defesa de Israel apresenta plano para pós-guerra em Gaza, com relatos de dezenas de mortos em bombardeios israelenses

Ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, apresentou publicamente os primeiros esboços de uma proposta para o pós-guerra em Gaza. As autoridades locais de Gaza informaram que dezenas de pessoas morreram nos últimos 24 horas devido aos incessantes ataques aéreos israelenses.

O plano do ministro de Defesa, Yoav Gallant, comunicado à imprensa na quinta-feira, recomenda que nem Israel nem o Hamas governem o enclave palestino e se opõe a qualquer estabelecimento de assentamentos judaicos ali. No entanto, este plano preliminar ainda não foi adotado pelo gabinete de guerra israelense.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, planeja fazer sua quarta viagem à região desde o início do violento ataque do Hamas a Israel, em 7 de outubro. O qual acabou deixando 1.140 mortos e desencadeando o conflito.

A preocupação com o futuro do pequeno território palestino levantou crescentes apelos por um cessar-fogo. Segundo o Hamas, as operações militares israelenses deixaram 22.600 mortos em Gaza em quase três meses, incluindo muitas mulheres e crianças.

Além disso, grande parte do território foi reduzido a escombros, e a ONU teme que uma crise humanitária esteja à espreita. Várias centenas de milhares de pessoas estão deslocadas, enfrentando a fome e doenças.

A escalada dos bombardeios se intensificou nas últimas 24 horas, com diversas regiões de Gaza sendo alvos dos ataques. O Exército de Israel afirmou que suas tropas atingiram mais de 100 alvos em Gaza durante esse período, incluindo posições militares, locais de lançamento de foguetes e depósitos de armas. Isso gerou um saldo de 162 mortos, segundo o Ministério da Saúde do enclave.

O plano apresentado por Gallant propõe que o Hamas e Israel deixem de governar Gaza, e que, posteriormente, os “comitês civis” palestinos comecem a assumir o controle do território. O ministro organizou seu plano com a premissa de que, assim que Israel atingir seus objetivos, as entidades palestinas assumirão a gestão do território.

A situação nas cidades de Gaza é mais do que preocupante, com condições de vida precárias, 1,9 milhão de deslocados e falta de água, eletricidade e comida.

Autoridades internacionais, incluindo os EUA e a Alemanha, planejam enviar substancialmente mais ajuda humanitária para Gaza e procurar soluções para a dramática situação. Há também um temor crescente de uma escalada regional depois da morte do número dois do Hamas, Saleh al Aruri, no Líbano.

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