É o segundo ano consecutivo que uma COP sobre o clima será presidida por um homem com responsabilidades importantes na companhia petrolífera nacional do seu país. No ano passado, os Emirados Árabes Unidos elegeram Sultan Al Jaber, diretor da empresa nacional Adnoc, para presidir uma conferência da ONU, em Dubai. A cúpula terminou com um apelo histórico à “transição” das energias fósseis.
A nomeação de Babayev para presidir a conferência COP29 levantou preocupações sobre o conflito de interesses, devido à sua conexão com a indústria petrolífera. Alguns críticos argumentam que as decisões sobre o clima devem ser tomadas por líderes com compromisso e independência para impulsionar a transição em direção a fontes de energia mais sustentáveis.
A Socar, onde Babayev já trabalhou como chefe, é uma das maiores empresas petrolíferas do Azerbaijão e exerce grande influência sobre a economia do país. Portanto, a nomeação do ex-executivo da empresa para presidir a conferência COP29 levanta questões sobre como os interesses comerciais da indústria petrolífera podem impactar as decisões que serão tomadas no evento.
Embora a nomeação de Babayev possa ser vista como uma tentativa do Azerbaijão de aumentar sua influência na cena internacional, ela também coloca em evidência a dificuldade de compatibilizar os interesses dos países produtores de petróleo com as metas de redução das emissões de gases de efeito estufa. É um desafio encontrar um equilíbrio entre a pressão dos setores industriais e a necessidade de avançar na agenda climática global.
A nomeação de Babayev para presidir a COP29 certamente será acompanhada de perto, à medida que questões sobre conflito de interesses e comprometimento com a transição para energias mais limpas continuam a ganhar destaque nas discussões sobre mudanças climáticas em todo o mundo.
