Além disso, o republicano de 77 anos também deve lutar contra as tentativas anunciadas em diversos estados de desqualificá-lo das primárias segundo a 14º Emenda Constitucional, que proíbe governantes que tenham participado de qualquer motim de ocuparem cargos públicos, como a invasão do Capitólio por apoiadores de Trump em 6 de janeiro de 2021.
Com Trump no centro de inúmeras acusações, incluindo a de que liderou uma conspiração criminosa para impedir que Joe Biden se tornasse presidente após a sua eleição legítima, seus adversários, como a ex-governadora da Carolina do Sul Nikki Haley, parecem bem posicionados para capitalizar uma improvável implosão do magnata. Pesquisas mostram que a republicana derrotaria o atual presidente, o democrata Joe Biden, em novembro, por margens maiores que Trump ou o governador da Flórida, Ron DeSantis, seu adversário mais próximo.
Os cenários políticos podem mudar rapidamente e as eleições primárias muitas vezes têm viradas inesperadas. Este é o pensamento do estrategista republicano Charlie Kolean, que acredita que ganhar ou perder a nomeação nas primárias pode impactar as perspectivas de longo prazo de DeSantis e Haley.
Ainda assim, a última pesquisa da influente Des Moines Register indicou que em Iowa 51% dos eleitores republicanos preferem Trump, frente aos 43% registrados em outubro. Portanto, analistas concordam que tanto Haley quanto DeSantis têm um longo caminho a percorrer. “Não é apenas sobre quem ficará em segundo, mas de moldar o futuro do Partido Republicano”, analisou Kolean. “Compreender as posições e as bases de apoio de Haley e DeSantis revela tendências e facções emergentes dentro do partido, que poderiam influenciar em seu rumo para além de 2024”, completou.
Finalmente, analistas apontam para a importância dessas primárias em fornecer informações sobre o futuro de um Partido Republicano pós-Trump e consideram que o candidato republicano para 2028 poderá sair destas eleições internas.