Petróleo sobe devido à redução da oferta líbia e ao receio de conflito entre Hamas e Israel se estender.

As tensões políticas no Oriente Médio e a redução da oferta líbia impulsionaram os preços do petróleo nesta sexta-feira. O barril de Brent do Mar do Norte para entrega em março fechou a 78,76 dólares, um aumento de 1,50%, enquanto o americano West Texas Intermediate (WTI) subiu 2,24%, para 73,81 dólares.

Os protestos na Líbia contra os altos preços dos combustíveis resultaram no fechamento do maior campo petrolífero do país, privando o mercado de cerca de 270 mil barris diários. Isso acrescentou pressão aos preços do petróleo, já que a demanda global vem enfrentando desaceleração devido à crise econômica mundial.

O Commerzbank apontou que, apesar das preocupações com a demanda, são os riscos de oferta que estão impulsionando os preços do petróleo no momento. Além do fechamento do campo petrolífero na Líbia, a implementação de novos cortes na produção pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados também contribui para a redução da oferta. Os cortes, que se estenderão pelo menos até março, totalizam quase 5 milhões de barris diários.

Além disso, as tensões no Oriente Médio também afetaram o mercado de petróleo. A eliminação do número dois do Hamas no Líbano, atribuída a Israel, e dois ataques no Irã reivindicados pelo grupo Estado Islâmico, aumentaram os riscos geopolíticos na região, acrescentando um prêmio de risco significativo aos preços do petróleo.

A incerteza sobre a possibilidade de o conflito entre o Hamas e Israel se estender a outros países também tem mantido os investidores cautelosos. A situação delicada no Oriente Médio faz com que os traders avaliem o risco geopolítico como um importante fator no mercado de petróleo.

Em meio a esse cenário, os preços do petróleo continuam voláteis, e os investidores permanecem atentos aos desdobramentos das tensões no Oriente Médio e aos possíveis impactos sobre a oferta e a demanda da commodity.

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