Secretário de Segurança Pública do Rio comenta ações da Polícia Militar e defende integração com a sociedade e uso da tecnologia.

As frequentes operações policiais no Rio de Janeiro, como a recente ocupação da Cidade de Deus por 24 horas, não são a principal estratégia da Polícia Militar do estado para enfrentar o crime organizado. É o que afirma o secretário de estado de Polícia Militar, coronel Luiz Henrique Marinho Pires. De acordo com o coronel, embora importantes, essas ações não são o carro-chefe da corporação. Em entrevista à Agência Brasil, ele destacou que a principal linha de trabalho é a polícia ostensiva, com proximidade com a população, criando uma referência para a sociedade.

A ocupação da Cidade de Deus resultou na prisão de dois homens e na remoção de barricadas em várias vias da comunidade. A ação também resultou na apreensão de veículos roubados, radiotransmissores, fogos de artifício, maconha e trouxinhas de maconha, além de munições e outros materiais ilícitos. Essas ações visavam, segundo o secretário, checar informações, remover barricadas e garantir a presença do Estado nas comunidades.

Entretanto, moradores da Cidade de Deus e especialistas em segurança pública destacam as consequências negativas das operações policiais. Moradores relatam que a rotina é afetada, com clínicas fechadas, comércio vazio e dificuldades para sair de casa e trabalhar. Especialistas apontam que o impacto das operações na comunidade varia conforme os confrontos de traficantes ou milicianos e a atuação das forças de segurança.

Um ponto destacado pelo especialista em segurança pública é a legislação atual de punição dos criminosos, que permite a redução da pena e a volta rápida dos criminosos às áreas de atuação. Ele defende a necessidade de mudanças na legislação para impedir a reincidência criminosa. O secretário de Polícia Militar também defende a necessidade de uma mudança na legislação, além de reforçar a integração das forças de segurança nos três níveis de governo.

Para o futuro, o coronel Luiz Henrique destacou a necessidade de estender o programa de monitoramento por reconhecimento facial e melhorar a sensação de segurança da população. Ele ressaltou a importância de apresentar a Polícia Militar à sociedade e ganhar a confiança da população, enfatizando a presença do policial nas comunidades como forma de garantir a segurança.

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