A exposição apresenta um total de 30 fotos, capturadas por servidores da casa e pelo repórter fotográfico Joédson Alves, que trabalha para a Agência Brasil. As imagens retratam a destruição interna do prédio e a invasão do Congresso Nacional. Além disso, a exposição contará com objetos restaurados, entre eles os azulejos do painel Ventania, de Athos Bulcão, e presentes protocolares recebidos de países estrangeiros, como vasos e esculturas, que estavam expostos em vitrines do Salão Verde no dia da invasão.
O catálogo da exposição, elaborado pela própria Câmara dos Deputados, explica o contexto das manifestações e afirma que o objetivo final dos invasores era a deposição do Presidente que havia iniciado o mandato na semana anterior, o fechamento do Congresso Nacional e a tomada do poder, contando com suposto apoio militar.
Os objetos danificados e restaurados pela Coordenação de Preservação de Conteúdos Informacionais (Cobec) da Câmara serão apresentados como testemunhas da história recente do Brasil. A intenção é mostrar que, assim como os seres vivos, os objetos também carregam em si os sinais da passagem do tempo e dos traumas.
Na exposição, dos 46 presentes em exibição naquele 8 de janeiro, quatro sofreram danos extremamente graves, 10 sofreram danos significativos, e 2 estavam desaparecidos, sendo um deles posteriormente devolvido ao acervo da casa. Para cumprir esse papel de testemunhas da história, foram mantidas nas peças algumas marcas da destruição.
Essa exposição busca resgatar um momento difícil da história do Brasil e evidenciar a importância de recordar e aprender com os acontecimentos do passado para construir um futuro mais pacífico e democrático. Este evento é de grande relevância para a documentação da história do país e para o fortalecimento dos valores democráticos na sociedade brasileira.