Pasta de Defesa Social publica chamamento público para cotações de preço de empresa de videomonitoramento após contrato irregular.

No último comunicado emitido pela Secretaria de Defesa Social (SDS), datado do dia 29 de dezembro, foi anunciado a publicação de um chamamento público para cotações de preço por parte das empresas no site oficial da pasta. Este é o primeiro passo de um processo que ainda terá outras fases e etapas a serem cumpridas. Segundo a SDS, o prazo para o encerramento dessa etapa é de 10 dias úteis, o que significa que o chamamento público termina no dia 15 deste mês.

O comunicado também traz a previsão para a conclusão do processo e a contratação da nova empresa responsável pelo serviço, que segundo a SDS, só deve acontecer no fim do primeiro quadrimestre de 2024. Isso representa um atraso considerável em relação ao plano inicial.

Devido ao desligamento das 358 câmeras de videomonitoramento, a reportagem buscou informações com a SDS sobre as medidas que seriam tomadas para suprir esse período de desligamento, porém, não obteve resposta até o momento.

O desligamento das câmeras é resultado de um processo que envolveu o contrato com a empresa que operava os equipamentos. A SDS afirmou que desde agosto de 2020, a operacionalização das câmeras era feita a partir de um contrato irregular. Os pagamentos para a empresa eram feitos por meio de Termos de Ajustamento de Conduta (TAC), assinados com o Tribunal de Contas do Estado (TCE). Porém, em 2023, o TCE proibiu essa modalidade de pagamento, o que levou ao encerramento do contrato com a empresa.

Em fevereiro de 2023, a empresa foi comunicada sobre a impossibilidade de realização de novos TACs, o que resultou no desligamento das câmeras. Além disso, a SDS destacou que os equipamentos já estavam obsoletos e antieconômicos, com baixa qualidade de resolução de imagem e incapazes de identificar fisionomias e placas de veículos.

O TCE realizou uma auditoria especial e julgou os contratos regulares, mas com ressalvas. A corte destacou a necessidade de agilizar a licitação para a contratação da nova empresa, além de recomendar a execução eficaz e eficiente das políticas públicas na área de segurança pública. Por fim, ressaltou a importância da participação social, capacidade organizacional e monitoramento e avaliação nos projetos de videomonitoramento.

Com base nessas informações, o processo para a contratação de uma nova empresa responsável pelo videomonitoramento em Pernambuco ainda enfrenta desafios e etapas a serem superadas até a conclusão e restabelecimento dos serviços.

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