O anúncio foi feito perante diversos veículos de comunicação belgas, incluindo Le Soir e La Libre Belgique. Michel declarou: “Isso significa, portanto, que exercerei o meu papel como presidente do Conselho Europeu até ser empossado como membro do Parlamento Europeu, o que acontecerá em 16 de julho”. Ele também disse que, após as eleições europeias, o Conselho europeu deverá se reunir para tomar decisões e designar seu sucessor.
No entanto, a decisão de Michel de deixar o cargo levantou questões sobre os procedimentos institucionais da União Europeia. De acordo com os procedimentos europeus, em caso de fim de mandato associado a um “impedimento”, o presidente do Conselho Europeu deve ser substituído até a eleição de um sucessor. Neste caso, o líder europeu cujo país exerce a presidência semestral do Conselho da União Europeia, seria o primeiro-ministro nacionalista húngaro, Viktor Orban. Isso gerou críticas, pois Orban tem sido um crítico ferrenho da União Europeia.
A decisão de Michel de se candidatar ao Parlamento Europeu e deixar o cargo de presidente do Conselho Europeu antes do final de seu mandato gerou controvérsia e incerteza sobre os próximos passos institucionais a serem tomados. A saída prematura de Michel também levanta questões sobre a liderança e estabilidade da União Europeia em um momento crucial para o bloco.
A notícia do anúncio de Charles Michel foi destaque nos principais veículos de comunicação e gerou discussões e debates em toda a Europa, à medida que os líderes políticos discutem as possíveis ramificações e consequências dessa decisão inesperada.