Esse número é alarmante, pois os fragmentos de plástico podem ser danosos à saúde humana. Beizhan Yan, professor associado de pesquisa geoquímica na Universidade de Columbia e coautor do estudo, recomenda que as pessoas considerem alternativas, como a água da torneira, para evitar a ingestão desses fragmentos.
Os nanoplásticos, como são chamadas essas partículas minúsculas, podem ser ingeridos e absorvidos pelo corpo humano, podendo atingir órgãos vitais, como o cérebro e o coração. Além disso, podem atravessar a placenta e atingir o feto. Os riscos à saúde associados à exposição a esses fragmentos plásticos ainda não são totalmente compreendidos, mas estudos iniciais indicam que podem estar relacionados a efeitos tóxicos, como problemas gástricos e anomalias reprodutivas.
Os cientistas analisaram a água de três marcas líderes, mas optaram por não expô-las, uma vez que acreditam que todas as águas engarrafadas contêm nanoplásticos. A equipe espera, no futuro, analisar também a água da torneira, que contém níveis muito mais baixos de microplásticos.
Em um mundo onde os plásticos têm se tornado cada vez mais presentes, desde os polos até a água potável, é essencial entender os possíveis impactos à saúde humana. O estudo aponta para a necessidade de mais pesquisas e de uma maior conscientização sobre os riscos associados à ingestão de água engarrafada contaminada por fragmentos plásticos.
Portanto, é importante que a sociedade e as autoridades tomem medidas para mitigar esse problema, seja por meio de regulamentações mais rígidas em relação à produção e descarte de plásticos, seja através da promoção de alternativas mais seguras de abastecimento de água para a população. A saúde pública está em jogo, e é fundamental que a questão dos plásticos na água seja tratada com a devida seriedade.