Homem investigado por lavagem de dinheiro com criptoativos é preso no Aeroporto de Guarulhos enquanto tentava embarcar para Dubai.

A Polícia Federal prendeu, na madrugada deste domingo (7), um homem suspeito de lavagem de dinheiro por meio de criptoativos no Brasil e no exterior. A ação ocorreu no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, quando o indivíduo tentava embarcar em um voo com destino a Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

Além da prisão preventiva, foram cumpridos mandados de busca e apreensão contra o homem e sua companheira. A investigação teve início como desdobramento da Operação Colossus, deflagrada em 2022 para combater uma organização criminosa especializada em lavagem de dinheiro.

Durante as apurações, as autoridades constataram que uma das empresas controladas pelo investigado movimentou mais de R$ 13 bilhões entre 2017 e 2021, sem apresentar registros de emissão de Notas Fiscais compatíveis com a movimentação bancária. Além disso, foram encontradas evidências de operações financeiras com recursos provenientes de atividades ilícitas, como tráfico de drogas e outros crimes.

Segundo a Polícia Federal, o homem é responsável por atos de lavagem de dinheiro, recebendo recursos de origem ilícita e disponibilizando-os como criptoativos, tanto no Brasil quanto no exterior. Ele adotava estratégias para dissimular e ocultar a origem dos valores por meio de transações realizadas por empresas de fachada e por ‘laranjas’.

Ainda de acordo com as autoridades, há indícios da prática dos crimes de falsidade ideológica, evasão de divisas, funcionamento irregular de instituição financeira e falsa identidade em operações de câmbio. O homem também teria fixado residência em Dubai para continuar suas atividades criminosas, dificultando a atuação das autoridades brasileiras.

A PF destacou que há provas de que, mesmo residindo no exterior, o investigado continuava praticando crimes, tendo sido identificada uma conta bancária pertencente à empresa titularizada por ‘laranja’ e por ele utilizada para movimentação de recursos. Foram encontrados registros de movimentação bancária superior a R$ 1,4 bilhão em uma conta utilizada por ele em apenas 10 meses.

Diante da gravidade das acusações, da prática continuada do crime e da fixação de residência fora do país sem comunicação formal às autoridades, a PF justificou a necessidade da prisão preventiva do suspeito. As investigações continuam em andamento para apurar todos os envolvidos e possíveis ramificações desse esquema de lavagem de dinheiro por meio de criptoativos.

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