A iniciativa partiu do ex-senador Jarbas Vasconcelos com o projeto de lei PL 1.927/2019, aprovado pela Comissão de Educação (CE) do Senado em agosto de 2019 e, posteriormente, na Câmara dos Deputados, em 2023. Vasconcelos afirma que Luiz Gonzaga difundiu a cultura nordestina por todo o Brasil por meio do forró, do xote e do baião, fazendo-se conhecido e respeitado em todas as regiões. O senador Styvenson Valentim (Podemos-RN), relator na comissão, emitiu parecer favorável à proposição, considerando-a um ato nobre e de reconhecimento ao artista que dedicou a sua vida à cultura brasileira.
Luiz Gonzaga do Nascimento nasceu na cidade de Exu, em Pernambuco, em 1912. Aprendeu música desde cedo com seu pai, sanfoneiro, e alternou a vida entre a lida no campo e as apresentações nos forrós da região. Após um episódio trágico em sua juventude, Gonzaga alistou-se no Exército, onde exerceu a função de soldado por nove anos. Sua carreira só começou a decolar em 1941, após uma apresentação no programa de Ary Barroso no Rio de Janeiro.
O músico é mais lembrado por suas parcerias com o advogado Humberto Teixeira, que resultaram em muitos sucessos cantados por Gonzaga, com destaque para a música “Asa Branca”. Em 1980, cantou para João Paulo II, durante a visita do papa a Fortaleza. Após uma carreira de sucesso, voltou para sua terra natal, onde faleceu em 1989.
Ao longo de sua carreira, Luiz Gonzaga gravou mais de 600 músicas, tendo recebido diversos prêmios por sua obra. Em 2012, por ocasião do centenário de seu nascimento, foi homenageado pela escola de samba Unidos da Tijuca, e os Correios emitiram um selo em sua homenagem.
A inclusão de Luiz Gonzaga no Livro de Heróis e Heroínas da Pátria é uma forma de reconhecimento a um dos maiores artistas da música popular brasileira, que levou a cultura nordestina para todo o país e se tornou um símbolo da identidade nacional.
