Presidente do Equador decreta toque de fixação e estado de exceção após líder do narcotráfico fugir da prisão em Guayaquil.

O Equador está enfrentando uma situação de crise após o líder do maior grupo do narcotráfico do país, Adolfo Macías, conhecido como Fito, fugir da prisão de Guayaquil. Em resposta a essa situação, o presidente Daniel Noboa decretou nesta segunda-feira toque de fixação e estado de exceção no país, incluindo o sistema penitenciário.

Essa medida visa dar apoio político e legal para que as Forças Armadas possam atuar nas ruas e nos centros de reclusão. O Ministério Público apresentou acusações contra dois funcionários do presídio que estariam envolvidos na fuga de Fito, que cumpria uma pena de 34 anos por crimes relacionados ao narcotráfico.

O toque de fixação e o estado de exceção permitem a mobilização dos militares por 60 dias, a entrada das Forças Armadas nas prisões, e a suspensão dos direitos civis. Além disso, o presidente do Equador tentou impor um toque de recolher, proibindo a circulação de pessoas entre as 23h e as 05h locais.

Segundo o secretário de Comunicação do governo, Roberto Izurieta, a força do Estado está mobilizada para encontrar Fito, classificado como extremamente perigoso. No entanto, ele lamentou que o nível de infiltrações de grupos criminosos no Estado seja muito grande, indicando uma fragilidade do sistema penitenciário equatoriano.

Além disso, circularam vídeos nas redes sociais mostrando agentes penitenciários sendo ameaçados por homens encapuzados em diferentes locais. O Los Choneros, grupo liderado por Fito, é conhecido por ter pelo menos 8.000 homens em seu exército, tornando-se uma força poderosa no cenário do tráfico de drogas no Equador.

Fito foi visto recentemente em setembro, quando foi temporariamente transferido para outra prisão de segurança máxima em Guayaquil após o assassinato de um candidato presidencial. Durante sua estadia na prisão, ele desfrutou de privilégios, chegando até mesmo a gravar um videoclipe em sua homenagem.

Essa crise evidencia a gravidade da situação do sistema penitenciário equatoriano e a fragilidade do Estado diante da infiltração de grupos criminosos. A mobilização das Forças Armadas e a declaração de estado de exceção são uma tentativa do governo de conter a situação e capturar Fito, mas fica evidente que há um longo caminho a percorrer para restabelecer a ordem e a segurança no país.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo